terça-feira, outubro 17, 2006

Falando de Marcas

Queridos amigos!

É com muita alegria que publico um artigo muito legal que o professor Fernando Flessati do Rio de Janeiro me mandou sobre marcas. Acredito que esse blog ficará muito mais rico com a ajuda desse profissional brilhante.

Falando de Marcas

(adaptado de Quim Lerrea, do livro Marcas de Francesc Petit) por Fernando Flessati – www.tfscomuincacao.com.br



Todo o santo dia assistimos a uma batalha chamada de “a guerra dos símbolos”. Trata-se de um combate ingrato que se desenvolve na nossa mente. Diariamente uma quantidade incontável de marcas nos espera surpreender e tomar de assalto o nosso afeto e interesse.

Elas estão em todos os lugares, ocupando em nossa vida um espaço importante. Recorde que desde o seu despertador, a sua cafeteira, seu papel higiênico, suas torradas, sua manteiga, todos desfilam em busca da sua atenção. É uma passarela de sabonetes, xampus, carros, ônibus, imagens, roupas, comidas, lojas e governos. Um incontável número de símbolos nos marca a cada momento. Chamam-nos dos serviços de som, aparelhos de rádio e televisores, saltam dos outdoors, jornais e cartazes para a nossa vida. Todos brigam pelo seu momento de gloria, a nossa impressão.

"Cada uma dessas marcas tem uma história para contar, um currículo próprio e um designer que a criou”.

O que são elas? Marcas, símbolos, logos, logomarcas, são uma combinação de sentidos, cores, emoções, traços, relevos e sonhos que entram pelos nossos sentidos e invadem a nossa vida.

O que pensava quem as desenhou. Quem foi o seu pai idealizador, seu designer, ou quem a pariu. Refletir diante de cada criação imaginando por que isso ou o porquê daquilo pode ser uma viagem de busca de invasores de nossa mente e do nosso dinheiro.

Isso me faz relembrar as marcas para as quais já trabalhei, numa cruzada pela aceitação e pelo reconhecimento e a aceitação da opinião pública.

Diariamente ouço o sofrimento de alguém, um vendedor ou operadora de telemarketing, tentando dizer qual o produto e a marca que está promovendo e as incontáveis arrogantes respostas-barreira com que saúdo esses garimpeiros da nossa atenção: De onde? Quem? Qual é a sua empresa mesmo?

Reflita a importância que demos a cada símbolo que conhecemos: O que faz do automóvel Mercedes um símbolo de qualidade e status? Imagine se os produtos da Coca-Cola fossem expostos sem a sua famosa marca? Ou se o café brasileiro, que é bebido no exterior, se fizesse acompanhar do seu nome e sobrenome, a marca, ao invés da genérica referência ao Brasil?

Indo mais longe, será que é concebível um mundo sem marcas e símbolos? Imagine o quanto de afeto e ódio que guardamos para cada símbolo iria sobrar em nossos corações e mentes, sem sabermos que destino dar para toda essa energia poupada.

Desde criança arquivamos imagens de símbolos enquanto brincamos, aprendemos e nos desenvolvemos, como se tivéssemos um quartinho de guardados de marcas e logomarcas com as emoções, belezas, desgostos e prazeres auferidos. Lembramo-nos da primeira bala, do cinema a que fomos com a namorada, de um amigo, da marca da primeira moto, de um mosaico de lembranças de nomes, sobrenomes, frases de efeito, belezas que nos emocionam pelo resto de nossas vidas.

Claro, claro, muitas marcas se foram e não nos marcaram, muitas foram lampejos, mas muitas fazem parte da nossa história e se hoje não estão mais presentes em nossas prateleiras, povoam as nossas memórias e emoções.



Fernando Flessati

Um comentário:

Anônimo disse...

Ele é realmente brilhante. Foi meu professor de Marketing e só podemos esperar coisas maravilhosas dele...

Um abraço,

Marcia Brito.

Case Barack Obama - Marketing Viral e Redes Sociais

Incrível vídeo Geração Y