sexta-feira, fevereiro 29, 2008

Branding Educacional com foco nas classe C, D e E



Nesses últimos anos o Brasil e o mundo passaram por tantas mudanças econômicas, de comportamento e de atitude que é quase impossível descrever todas elas. Porém no quesito Educação posso me atrever a escrever alguma coisa.

No passado era muito difícil ver um aluno da classe C, D e E sentado num banco de uma faculdade. Hoje essa situação mudou, e esse nicho de mercado está chamando a atenção dos gestores das Instituições de Ensino e mostra sinal de bons negócios. Somente no Brasil, 87% da população brasileira ganham até dez salários mínimos. O que já dá para nos mostrar o grande potencial que existe nesse mercado.

O aumento do número de universitários da classe C, D e E tem sido impulsionado por vários programas de acesso ao crédito, melhora na renda, estabilidade econômica e programas de financiamento educacionais como o PROUNI e o FIES.

Porém, é necessário que seja utilizada uma estratégia adequada de diferenciação de sua marca, porque aquele aluno que antigamente absorvia e acatava tudo que o professor e a instituição pregavam mudou. Ele é um aluno bem informado. Muitas vezes esse mesmo aluno que antes era “colocado de lado” pelo mercado de trabalho porque vinha de faculdades de “segunda linha”, hoje se apresenta como pessoas bem informadas e agentes transformadores da sociedade.

Muitas Instituições de Ensino já perceberam o potencial desse mercado e estão voltando os olhares para esse nicho. Só que na visão de muitos gestores a questão preço baixo já é suficiente para captar e reter alunos...e é aí que a Instituição começa a mostrar sinais de problemas...

O grande problema que tenho notado no mercado educacional é que os gestores, muitas vezes míopes, estão preocupados com problemas de caixa. E essa preocupação o leva a tomar atitudes de curto prazo para resolver um problema imediato. Um gestor precisa ter uma visão de longo prazo, senão a Instituição corre o risco de fechar antes mesmo que um milagre aconteça.

Outro grande problema é o grande número de Instituições que oferecem o mesmo produto com os mesmos benefícios e com o mesmo preço. Para uma boa estratégia de fortalecimento de marca é muito importante conhecer a fundo quem é esse público e quais são suas motivações.

Outros fatores que devem ser pensados e levados em consideração são os seguintes:

- Qual a força da marca (a gestão da instituição tem foco na marca)

- Qual a experiência de marca que a instituição proporciona

- Se os esforços de marketing estão gerando um boca a boca positivo

É importante responder à essas questões e tentar proporcionar resultados positivos na mente dos alunos, no entanto, muito melhor do que as respostas é conseguir arrumar uma forma de combater a visão míope e a resistência a novas posturas.

Luciane Chiodi

segunda-feira, fevereiro 11, 2008

Nizan Guanaes - Texto para formatura da Faap

O texto que segue abaixo foi escrito para uma formatura da FAAP, por Nizan Guanaes, que foi o paraninfo da turma.
Olhem só o que este publicitário escreveu! Deve ser por isso que é um dos melhores redatores do mundo e dono da DM9 (aquela que criou os bichinhos da Parmalat).
'Dizem que conselho só se dá a quem pede. E, se vocês me convidaram para paraninfo, estou tentado a acreditar que tenho licença para dar alguns. Portanto, apesar da minha pouca autoridade para dar conselhos a quem quer que seja aqui vão alguns, que julgo valiosos.
Meu primeiro conselho : Não paute sua vida, nem sua carreira, pelo dinheiro. Ame seu ofício com todo o coração. Persiga fazer o melhor. Seja fascinado pelo realizar, que o dinheiro virá como conseqüência. Quem pensa só em dinheiro não consegue sequer ser nem um grande bandido, nem um grande canalha. Napoleão não invadiu a Europa por dinheiro. Hitler não matou 6 milhões de judeus por dinheiro. Michelangelo não passou 16 anos pintando a Capela Sistina por dinheiro. E, geralmente, os que só pensam nele não o ganham, porque são incapazes de sonhar.E tudo que fica pronto na vida foi construído antes, na alma.
A propósito disso, lembro-me de uma passagem extraordinária, que descreve o diálogo entre uma freira americana cuidando de leprosos no Pacífico e um milionário texano. O milionário, vendo-a tratar daqueles leprosos, disse:- 'Freira, eu não faria isso por dinheiro nenhum no mundo.'E ela respondeu: -'Eu também não faço, meu filho. 'Não estou fazendo com isso nenhuma apologia à pobreza, muito pelo contrário. Digo apenas que pensar e realizar tem trazido mais fortuna do que pensar em fortuna. Meu segundo conselho: Pense no seu País. Porque, principalmente hoje, pensar em todos é a melhor maneira de pensar em si. Afinal, é difícil viver numa nação onde a maioria morre de fome e a minoria morre de medo. O caos político gera uma queda de padrão de vida generalizada. Os pobres vivem como bichos, e uma elite brega, sem cultura e sem refinamento, não chega a viver como homens. Roubam, mas vivem uma vida digna de Odorico Paraguassu.
Meu terceiro conselho vem diretamente da Bíblia: 'Seja quente ou seja frio, não seja morno que eu te vomito'. É exatamente isso que está escrito na carta de Laudiceia: Seja quente ou seja frio, não seja morno que eu te vomito, ou seja, é preferível o erro à omissão, o fracasso ao tédio, o escândalo ao vazio. Porque já vi grandes livros e filmes sobre a tristeza, a tragédia, o fracasso. Mas ninguém narra o ócio, a acomodação, o não fazer, o remanso. Colabore com seu biógrafo. Faça, erre, tente, falhe, lute. Mas, por favor, não jogue fora, se acomodando, a extraordinária oportunidade de ter vivido, tendo consciência de que cada homem foi feito para fazer história. Que todo homem é um milagre e traz em si uma revolução. Que é mais do que sexo ou dinheiro.
Você foi criado para construir pirâmides e versos, descobrir continentes e mundos, e caminhar, sempre, com um saco de interrogações na mão e uma caixa de possibilidades na outra.
Não use Rider, não dê férias a seus pés. Não se sente e passe a ser analista da vida alheia, espectador do mundo, comentarista do cotidiano, dessas pessoas que vivem a dizer: 'eu não disse!', 'eu sabia!'. Toda família tem um tio batalhador e bem de vida. E, durante o almoço de domingo, tem que agüentar aquele outro tio muito inteligente e fracassado contar tudo que ele faria, se fizesse alguma coisa. Chega dos poetas não publicados. Empresários de mesa de bar. Pessoas que fazem coisas fantásticas toda sexta de noite, todo sábado e domingo, mas que na segunda não sabem concretizar o que falam. Porque não sabem ansiar, não sabem perder a pose, porque não sabem recomeçar. Porque não sabem trabalhar. Eu digo: trabalhem, trabalhem, trabalhem. De 8 às 12, de 12 às 8 e mais se for preciso. Trabalho não mata. Ocupa o tempo. Evita o ócio (que é a morada do demônio) e constrói prodígios.
O Brasil, este país de malandros e espertos, da vantagem em tudo, tem muito o que aprender com aqueles trouxas dos japoneses. Porque aqueles trouxas japoneses, que trabalham de sol a sol, construíram, em menos de 50 anos, a 2ª maior megapotência do planeta. Enquanto nós, os espertos, construímos uma das maiores impotências do trabalho. Trabalhe! Muitos de seus colegas dirão que você está perdendo sua vida, porque você vai trabalhar enquanto eles veraneiam. Porque você vai trabalhar, enquanto eles vão ao mesmo bar da semana anterior, conversar as mesmas conversas, mas o tempo (que é mesmo o senhor da razão) vai bendizer o fruto do seu esforço, e só o trabalho lhe leva a conhecer pessoas e mundos que os acomodados não conhecerão.
E isso se chama SUCESSO.
Nizan Guanaes
Obrigada Sol pelo envio desse texto.
Luciane Chiodi

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