quarta-feira, novembro 01, 2006

Ousadia de Sonhar

(adaptado do livro Fênix)

Bom dia!
Hoje estava ouvindo um programa de rádio que me levou a pensar em muitas coisas...inclusive no tema "Educação". Sempre coloco aqui textos referentes a gestão de marcas, marketing, design...mas o que seria desses ítens se todos os alunos, todos os gestores, todos os professores em algum momento de suas vidas tivessem sidos encorajados a desistirem de seus sonhos? As vezes uma simples palavra diante de uma grande expectativa pode reduzir uma grande idéia a um pensamento que simplesmente passou por nossas mentes!

Dependendo do momento em que vivemos estamos dispostos a lutar e seguir em frente com nossos planos, o que geralmente dá certo! Em outros momentos nos encontramos em momentos mais delicados e de dúvidas... e uma única palavra pode nos levar a encerrar um projeto que poderia contribuir e muito com o avanço de novas possibilidades e descobertas.

Tive uma experiência há uns anos atrás em casa. Meu filho chegou da escola e estava triste. Perguntei para ele o que tinha acontecido e ele me respondeu que lá na escola ele tinha um amiguinho e que os dois gostavam de desenhar quando tinham um tempo livre.Ele estava na pré-escola.

Perguntei para ele qual o motivo da tristeza. A resposta que ele me deu foi como se eu tivesse tomado um tremendo choque elétrico.

- É que a gente tem que desenhar escondido, pq se a professora ver ela rasga!

Nunca mais meu filho entrou nessa escola! O mais engraçado é que a escola se dizia construtivista...

O que quero dizer com essa história toda?

Penso que a exemplo do texto que colocarei abaixo, existem muitas instituições especializadas em arquivar grandes idéias. Existem profissionais sedentos de vontade de dizer as pessoas o que elas devem ou não devem fazer.

Bom, abaixo vai o texto e espero que ele contribua para que algo seja feito para mudar essa característica que é uma coisa muito comum nas pessoas, principalmente nas escolas, nas universidades, nas intituições...

por Daniel C. Luz

Em fins do século 16, vivia na região de Ulm, da Alemanha, um artesão chamado Hans Ludwig Babblinger que queria desafiar a lei da gravidade. Queria voar, planar como um pássaro.

Problema: ele vivia no século 16. Não existiam aviões, helicópteros e máquinas voadoras. Era um sonhador com planos avançados demais para a época. Queria o impossível.

Hans Babblinger, contudo, dedicou-se a uma profissão cujo objetivo era ajudar as pessoas a conseguir o impossível. Ele fabricava pernas e braços artificiais. Trabalhava continuamente porque, naquela época, a amputação era uma solução comum para certas enfermidades ou ferimentos. Sua tarefa consistia em ajudar os deficientes a vencer os obstáculos.

Babblinger sonhava fazer o mesmo para si.

Com o passar do tempo, usou suas habilidades para construir um par de asas. Breve chegou o dia de testá-las nas montanhas dos Alpes da Baviera. Ótimo local. Escolha auspiciosa. As correntes ascendentes de ar são comuns naquela região. Era um dia memorável, sob o brilho do sol e os olhares dos amigos, ele saltou do patamar de uma montanha e chegou são e salvo ao solo.

Seu coração vibrou de alegria e os amigos aplaudiram. Incrível! Babblinger sabia voar!

Na primavera de 1594, o rei Ludwig, acompanhado de uma grande comitiva, estaria visitando Ulm, e o bispo e os cidadãos queriam impressiona-lo. Ao tomarem conhecimento do sucesso do vôo de Hans, pediram-lhe que fizesse uma acrobacia para o rei. Hans assentiu.

Desgraçadamente, preocupado com o conforto do rei e do pessoal da aldeia para a segunda demonstração, Babblinger escolheu a plataforma das colinas, às margens do rio Danúbio. Desgraçadamente, já disse, porque ali predominavam as correntes de ar frio descendentes.

No grande dia, lá estavam músicos, rei e comitiva, prefeito, aldeãos, todos reunidos à margem do rio. Babblinger subiu à plataforma, acenou, acocorou-se e pulou. E veio direto para o fundo do rio feito uma pedra.

No domingo seguinte, do alto do púlpito da catedral de Ulm, o bispo referiu-se pessoalmente a Babblinger, durante o sermão, acusando-o de ter cometido o pecado do orgulho: - Homem não voa!

Arrasado, destruído pela condenação do bispo, Babblinger saiu da igreja, entrou em casa e não tornou a pôr os pés na rua, até morrer, preso à força da gravidade, com suas asas, sonhos e coração partidos.

A catedral de Ulm não é a primeira instituição a engaiolar um voador. Ao longo dos anos, líderes, professores, nossos pais e colegas tornaram-se exímios na arte de dizer às pessoas o que elas não podem fazer.

Enquanto falamos de dar liberdade às pessoas para voar, pense em si mesmo. Você tem fornecido asas? Tem dado liberdade às pessoas para voar?

Tem dado asas para pessoas como Babblinger que vivem a nossa volta? Têm inspirado-as a não desistir, estimulando-as a continuar tentando, e tentando e tentando...?

Para distribuir asas é necessário acreditar na possibilidade de voar. E, não raras vezes, para testá-las, será preciso arriscar-se, subindo a altitudes assustadoras ou a perigosas plataformas de salto.

Uma palavra final sobre a catedral de Ulm. Atualmente é visitada quase que exclusivamente por turistas. Aos domingos, há pouca gente assistindo à missa. A espantosa maioria das pessoas tem preferido passar as manhãs de domingo voando por aí, pelo céu, de avião.

Esteja você onde estiver, Hans Babblinger, acredito que gostaria de saber no que deu seu sonho.

2 comentários:

Anônimo disse...

Excelente post.
parabéns Luciane

Anônimo disse...

sou obreiro de uma igreja evangelica e assim como vc tambem
compriendi o grande poblema de não tentarmos compriender os sonhos dos q estão a nossa volta
vivemos preocupados com coisas ruis e esquecemos de faser coisas boas

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