sexta-feira, novembro 10, 2006

Co-Branding na Educação?

Entender de estratégias de branding está se tornando essencial para todo gestor educacional. Antes de 1996 havia apenas algumas Instituições de Ensino. Hoje, o número aumentou tanto que é difícil afirmar com precisão, pois a cada dia novas instituições de ensino são criadas. O mercado educacional brasileiro está passando por uma grande crise e todos sabem que esse mercado encontra-se saturado.

Existem muito mais vagas do que alunos nos cursos de graduação das Instituições de Ensino Superior Privado. E num mercado tão saturado quanto a este, que oferecem serviços e certificações semelhantes torna-se imprescindível criar estratégias de diferenciação de sua marca. É dessa necessidade de diferenciação que surgiu o conceito de Branding.

Mais do que isso, devemos agora utilizar o conceito de Co-branding, ou seja, fazer "parceria" com outras marcas.

Na educação não é diferente. Oferecer aos alunos uma oportunidade de vivenciar a marca da escola de uma outra forma é uma estratégia que não pode ser descartada.
No entanto, é necessário tomar muito cuidado com a parceria a ser firmada, levar em consideração a identidade e o posicionamento de mercado da empresa que se quer fazer uma aliança é um procedimento que deve ser tomado com muita cautela. O Co-branding deve ser feito somente após um planejamento embasado em pesquisa de mercado. Sem entender exatamente o que passa pela cabeça do aluno, não é possível saber o que dar para eles de forma a satisfazê-los.

Se a universidade não conhecer os seus alunos, de nada adianta fazer uma parceira com uma marca que na mente e no coração de seus alunos não signifique nada.

O Co-branding é muito importante para as instituições de ensino, principalmente quando a mídia tradicional não tem mais a mesma força de atração de alunos. Além de que, é um exercício de humildade profissional. Um gesto de reconhecimento de que cada marca desenvolveu uma especialidade e procura na outra a sua melhor característica.

Levando-se tudo isso em consideração, não é difícil de imaginar um curso de Publicidade e Propaganda, assinado por Washington Luiz Olivetto, publicitário brasileiro, responsável por algumas das campanhas mais marcantes da propaganda nacional, ou um curso de Estética com parceria com a Natura ou o Boticário, ou um curso de Farmácia em parceira com os laboratórios Ache, um curso de Odontologia em parceria com a Sensodyne, um curso de finanças com uma parceria com o Banco Real e assim por diante.

Abaixo um texto extraído da revista isto é que fala de co-branding também.

Compadres corporativos

Por Eduardo Pincigher

Você está em um shopping-center e resolve entrar em uma loja para comprar um par de tênis. Vai direto ao display da Adidas e encontra, sabe-se lá o porquê, um modelo co-assinado pela Goodyear. Mas qual a relação entre a marca de pneus e a de artigos esportivos? De volta ao corredor, logo vê um quiosque alardeando uma oferta de computadores. Lá está o lap-top Acer-Ferrari. Isso mesmo: um vistoso aparelho com carcaça vermelha, grafado com famoso cavalinho da equipe de Fórmula 1... Também não deu para entender. Saindo do shopping, outro exemplo salta aos olhos: a concessionária Renault promete condições imbatíveis na venda do Clio Sedan O Boticário. Agora ficou complicado demais: misturar montadora e cosméticos? Esses três exemplos apenas retratam o crescimento de uma curiosa estratégia comercial no mundo corporativo. Mais do que licenciar a própria marca em camisetas, chaveiros e bonés, as grandes companhias estão procurando parcerias com outras empresas de porte com a finalidade de criarem um produto único e com “duplo” valor agregado. Essa tendência chama-se co-branding. Basicamente, uma empresa fabrica e as duas assinam. Coisa de compadres. “É bem diferente do conceito de licenciamento e terceirização. O co-branding é uma sinergia de grandes marcas”, esclarece Alex Sugai, da consultoria FutureBrand, ressaltando que essa modalidade de negócios só funciona se reunir corporações de peso. Ao atrair um logotipo de renome, uma companhia agrega valor ao seu produto absorvendo um traço da imagem de qualidade da parceira. Mais que isso, a aliança abre caminho para que um “compadre” ingresse na carteira de clientes fiéis do outro. É o caso típico da Holiday Inn, que firmou um projeto de erguer um hotel temático em Orlando, na Flórida (EUA), com personagens da Nickelodeon. Imagine o que não haverá de crianças querendo hospedar-se no hotel do Bob Esponja?

Quando a Adidas lança o tênis Add Racer, endossado pela Goodyear, a estratégia da fabricante é partilhar da fama de uma corporação especializada e reconhecida por gerar “aderência” ao piso. “É uma clara demonstração de transferência de imagem”, garante o consultor Alex Sugai, da FutureBrands. Já a aparição da Ferrari em um lap-top da Acer não acrescenta nenhum recurso tecnológico ao computador. Mas introduz a Acer no seleto universo de fãs da macchina italiana. Não faltam aos admiradores da escuderia devoção nem poder de compra, o que resulta em um tremendo negócio para a fabricante do aparelho. De quebra, a imagem de “potência e velocidade”, traços intrínsecos à Ferrari, são virtudes igualmente bem-vindas aos computadores.

ACOMPANHE OUTROS EXEMPLOS DO CO-BRANDING:

• Hóspedes mirins:
A imagem ao lado projeta a futura união entre Holiday Inn e canal Nickelodeon para um hotel em Orlando, Flórida. Além da decoração, monitores infantis vão se vestir como os
personagens dos desenhos.

• Lap-top À italiana:
Se a intenção era conferir ao computador um toque de potência e velocidade, a Acer acertou em cheio ao se associar à Ferrari. Também aproximou- se dos amantes da macchina italiana .

• Aliança musical:
Essa é uma tabelinha entre Philips e Nike. São rádios, disc-men e MP3 que levam a assinatura das duas empresas. O ganho é duplo: a Philips seduz o público esportista e a Nike aumenta seu portfólio de produtos

• Perfume de mulher:
Renault viu na marca de perfumes O Boticário uma boa ferramenta de marketing para aumentar o público-alvo de seu modelo Clio. A idéia era conquistar as mulheres. Deu certo. Tanto que reeditou a série especial

http://www.terra.com.br/istoedinheiro/393/negocios/compadres_corporativos

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